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Em 23/09, os Estados Unidos iniciaram ataques
aéreos contra as tropas jihadistas do Estado Islâmico, na Síria.
A organização é responsável por atos terríveis.
Entre eles, decapitações, pessoas enterradas vivas, mutilações de genitálias
femininas e crucificações.
A ofensiva estadunidense seria uma tentativa de
impedir que as ações terroristas desestabilizem ainda mais a região.
O problema é que o maior fator de violência e caos
no Oriente Médio são as décadas de desastrosa intervenção americana.
O Estado Islâmico formou-se em reação à invasão
iraquiana pelos Estados Unidos. Mas ao deslocar seus soldados para combater o
ditador sírio, Bashar Al Assad, as coisas mudaram. Passou a contar com a
simpatia americana e o dinheiro da Arábia Saudita, aliada dos ianques.
O que tornou famosos os jihadistas no mundo
todo foi a degola de um jornalista americano divulgada em vídeo, em 19/08. Mas
além da covardia da execução, também chamou a atenção o sotaque inglês do
carrasco.
O fato não surpreende. O Estado Islâmico conta com
milhares de combatentes vindos de várias partes do mundo. São mercenários bem
pagos, que lutam movidos por seu fanatismo.
Há quem acredite que o próprio governo americano
esteja por trás dos ataques jihadistas. Suas ações serviriam de pretexto para
os estadunidenses intervirem militarmente na região.
Mas o mais provável é que seja outro caso
de criatura que se volta contra o criador. Semelhante ao que aconteceu com
Saddam Hussein e Bin Laden, por exemplo.
A aberração jihadista é uma espécie de filho
bastardo do imperialismo ianque. O sotaque do monstro não deixa dúvidas
quanto a sua paternidade.
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