Está disponível na internete o vídeo de uma palestra feita pelo
professor Sidarta Ribeiro na Conferência Neurociências e Psicanálise, em 2011.
Nela o neurobiólogo e diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte defende a legalização da maconha.
Nela o neurobiólogo e diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte defende a legalização da maconha.
Ribeiro começa por afirmar que a maconha está para as plantas
como o cachorro para os animais. Ambas são espécies moldadas por nossos
ancestrais ao longo de milhares de anos, com muitas variações e diferentes
utilidades.
Sidarta destaca os efeitos medicinais dos canabinoides. Eles são inegáveis e admitidos por muitos proibicionistas. Mas não adianta aceitar a utilização terapêutica das substâncias da maconha e não o uso da planta. Seria como confiar na cesariana e duvidar do parto natural, diz ele.
Mortes causadas por consumo de maconha praticamente inexistem.
Já a ingestão de álcool e o uso de tabaco e de remédios à venda nas farmácias
se mostram muito mais letais. Pessoas morrem não por causa da maconha em si,
mas por seu comércio ilegal.
Claro que a erva pode causar problemas graves de saúde para quem
é vulnerável a algumas de suas substâncias. Mas o mesmo acontece em relação à
lactose, por exemplo. Nem por isso, o consumo de leite foi proibido, compara
Ribeiro.
Ao contrário de manter na clandestinidade um consumo que não vai
parar, é preciso legalizá-lo. Tal como já acontece com o álcool e o tabaco,
substâncias perigosas, mas regulamentadas por órgãos da Saúde Pública. As
outras drogas também devem sair da ilegalidade para que possam ter seu comércio
fiscalizado.
“Ou você é contra a legalização de cachorros?”, pergunta Sidarta.
Assista ao vídeo, clicando aqui
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