Em 15/09, completaram-se seis anos da quebra do
banco Lehman Brothers. Sete anos antes, também em setembro, acontecia o
atentado ao World Trade Center.
No primeiro caso, era início da crise econômica que
continua castigando as economias do mundo todo. O segundo deu causa a uma crise
militar que gera consequências terríveis até hoje.
Mas ambos os eventos de setembro têm raízes no
século passado. Os responsáveis pela queda das torres gêmeas foram financiados
pelos americanos nos anos 1980. A Al Qaeda surgiu graças ao apoio estadunidense
a Bin Laden e suas tropas contra o domínio soviético no Afeganistão.
As causas mais profundas da crise econômica atual
estão no início dos anos 1970. Com o fim do equivalência dólar/ouro decidido
pelos Estados Unidos, o capital perdia de vez qualquer ligação com a economia
real. A especulação financeira passava a imperar como nunca.
A pairar por sobre os dois eventos de setembro, o
fantasma da guerra generalizada. Foram os gastos militares que salvaram o
capitalismo na última grande crise antes da atual. A grande recessão de 1929 só
foi superada pela 2ª Guerra Mundial.
Forças produtivas e meios de produção ociosos foram
literalmente queimados nas frentes de batalha e nos campos de concentração. Costuma-se
considerar como marco inicial do mais sangrento conflito bélico da história a
invasão da Polônia pelos nazistas. Foi em 1º de setembro.
Para cada um dos setembros catastróficos que ainda possam surgir, é
urgente que façamos nascer novos outubros libertários. Tal como aquele que, em 1917, na Rússia, exigiu: “Paz, Pão e Terra”!
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