O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica.É mais uma carta marcante do lulismo. A primeira foi a “Carta ao Povo Brasileiro”. Foi divulgada por Lula, em junho de 2002. Prometia respeitar a política econômica de FHC. Por isso, ganhou até o apelido de “Carta aos Banqueiros”.
O lulismo mantém esse tipo de correspondência em termos bastante claros. Traz sempre a mesma mensagem. Jura fidelidade e respeito às receitas neoliberais tucanas. Infelizmente, muita gente parece não entender, ou não quer fazê-lo.
Os movimentos sociais cansaram de escrever cartas e mais cartas a Lula. Pediam ao ex-presidente para não fazer isso e aquilo. Para honrar os compromissos que o transformaram em sua maior liderança.
Nunca receberam muito mais do que promessas vazias. Ou recados pedindo paciência e apoio contra a “elite” e a “mídia golpista”. Nada tão claro quanto as cartas que são dirigidas aos que mandam na política e na economia.
Com Dilma, parece que se acabaram até os recados e as promessas vazias. Melhor assim. Menos papel desperdiçado. Mais oportunidades para priorizar a luta nas ruas. Deixar de freqüentar as longas e inúteis filas de espera nos saguões do poder.
Leia também: O PT magoou os tucanos
Nenhum comentário:
Postar um comentário