“Vitória de Humala derruba bolsa de Lima e títulos do Peru”, diziam alguns jornais, logo após o anúncio da eleição de Ollanta Humala para presidente do país. O candidato foi abertamente apoiado por Lula e o PT.
Já, Ben Ramsey, um analista do JP Morgan, em Nova York, recomendou a compra dos títulos do país. Segundo ele, "tendemos a ver a venda acentuada de papéis do Peru como uma oportunidade de compra". O consultor acha que "Humala será mais moderado do que o esperado”. Então, quem comprar os títulos do governo agora, em baixa, vai lucrar quando o preço se recuperar.
Trata-se de algo parecido com o que ocorreu com a eleição de Lula, em 2002. O chamado “mercado” entrou em pânico. Mas, o presidente petista logo se mostrou confiável. Honrou os compromissos que assumiu com a política econômica anterior na “Carta ao Povo Brasileiro”. Aliás, o novo presidente peruano fez o mesmo. No caso dele, o documento chamou-se “Compromisso com o Povo Peruano”.
A candidata derrotada é Keiko Fujimori, filha do ex-ditador, Alberto. Era a favorita dos republicanos estadunidenses. Uma aliada natural do imperialismo americano. Por seu lado, Humala declarou-se mais próximo de outro vizinho poderoso: “O Brasil pode ser o primeiro país que eu irei visitar, se for eleito”, declarou à Folha, no dia 04/06.
Nas ruas de Lima, dizem que a eleição representava a escolha entre dois imperialismos: o brasileiro e o americano. Ou melhor, o júnior e o veterano. Parece que o mais novo levou a melhor com a vitória de Humala. Nada a comemorar.
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