Em 27/06, um meteoro passou muito perto da Terra. Felizmente, nada aconteceu. Já podemos nos voltar para coisas muito mais próximas e ameaçadoras. E não são os bueiros cariocas.
Artigo de Antonio Luiz M. C. Costa na CartaCapital de 28/06, traz dados preocupantes. Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha devem 5,5 trilhões de euros a bancos espalhados pelo mundo. O valor equivale 65% do PIB europeu. Um calote grego pode causar um efeito dominó envolvendo esses países. Dizem que isso deixaria a quebra do banco Lehman Brothers no chinelo.
“Risco de bolha imobiliária abala confiança na economia chinesa”. Este é o titulo de matéria de Bob Davis para o The Wall Street Journal, publicada em 28/06. Sem comentários.
O ditador Kadafi continua em seu posto. As tropas da Otan continuam matando civis inocentes na Líbia. Na Síria, outro ditador da região pode cair. Não é amigo de Israel ou Estados Unidos, mas ambos preferem que ele fique. É que não confiam nas forças populares que lhe fazem oposição.
No Egito, o Supremo Conselho das Forças Armadas vem dirigindo o país com mão de ferro. Atacam as forças populares e adiam a adoção de medidas exigidas pela população. Tentam fazer uma transição sem povo e que não assuste o imperialismo. Os manifestantes voltam a ocupar a Praça Tahrir.
Trata-se de Europa, China e da região responsável por grande parte do petróleo mundial. Nem falemos dos Estados Unidos, com sua dívida astronômica.
É o capitalismo em pleno funcionamento. Com um sistema assim, quem precisa de meteoros para sentir um cheirinho de apocalipse?
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