O
lulismo integra o “Socialismo do século 21”, que é o reformismo contemporâneo
na América Latina, representado também pelo chavismo e por Evo, Correa e
Kirchner. Esses projetos políticos apresentam características muito diferentes
entre si, mas têm como essência a proposta de utilizar o Estado para reformar o
capitalismo.
Além disso, vêm se igualando nas seguintes questões:
- Permanência da dependência
de suas economias ao mercado externo, principalmente em relação à venda de
commodities (petróleo, gás, agronegócio)
- Democratização econômica
com ênfase na distribuição da renda e não na desconcentração do patrimônio.
- Nenhuma ou pouca iniciativa
em direção a mudanças institucionais que possibilitem maior participação
política para a maioria da população.
- Opção pelo sacrifício dos
interesses dos setores populares em benefício dos setores dominantes,
ignorando, em especial, as reivindicações das populações campesinas e
indígenas.
- Ataques ou desrespeito à
autonomia dos movimentos sociais.
- Militarização e
criminalização das manifestações populares de protesto.
- Abandono da juventude
pobre e não branca.
- Em alguns casos, recusa em
fazer o enfrentamento aos monopólios de comunicação.
Mas a crise do reformismo não significa que toda luta por reformas esteja destinada ao fracasso. Apenas aquelas que tentam utilizar o Estado para alcançar seus objetivos.
Leia também: Sobre a crise do lulismo - 2
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