São Paulo, centro industrial do País, 1º de Maio de 2015.
No evento da Força Sindical, cantores como Daniel, Padre Alessandro, Leonardo, Latino, Edson e Hudson e Paula Fernandes. Serão sorteados 15 automóveis e um “caminhão de prêmios”.
Na festa cutista, Elba Ramalho, Belo, Turma do Pagode, Leonardo, Renato Borghetti. Edson e Hudson e Paula Fernandes repetem a dose. Uma feira exibirá “a riqueza culinária” do País.
Em meio a tantas atrações, os dirigentes das duas principais centrais tentarão chamar a atenção. “Vamos pras ruas, impedir os ataques à classe trabalhadora”, gritarão os cutistas. “Vamos pras ruas, contra o governo Dilma”, ameaçarão os da Força.
O público será formado por trabalhadores. Mas estarão lá na condição de consumidores, fãs de música, jogadores de bingo, plateia deslumbrada. Dificilmente como lutadores.
O projeto que libera a terceirização em debate no Congresso certamente será tema de pronunciamentos e materiais de divulgação. CUT e Força Sindical terão posturas opostas. A primeira, contra. A segunda, a favor.
Ambas, no entanto, assim como a maioria de nossas entidades sindicais, já sofrem as consequências que a proposta em debate no Legislativo quer generalizar. Há décadas, elas vêm terceirizando a representação de suas categorias assalariando e burocratizando sua militância.
As muitas estrelas e sorteios dos eventos comemorativos também fazem parte desse fenômeno. Através deles os dirigentes terceirizam seu protagonismo. Seus discursos são ignorados e a luta cede lugar ao espetáculo mais superficial.
Resta saber como será o 1º de Maio de 2016. Após uma recessão bastante provável, talvez os trabalhadores das bases assumam a luta, dispensando a terceirização imposta pelas burocracias do movimento sindical.
Leia também: O que divide as centrais sindicais neste 1º de Maio
No evento da Força Sindical, cantores como Daniel, Padre Alessandro, Leonardo, Latino, Edson e Hudson e Paula Fernandes. Serão sorteados 15 automóveis e um “caminhão de prêmios”.
Na festa cutista, Elba Ramalho, Belo, Turma do Pagode, Leonardo, Renato Borghetti. Edson e Hudson e Paula Fernandes repetem a dose. Uma feira exibirá “a riqueza culinária” do País.
Em meio a tantas atrações, os dirigentes das duas principais centrais tentarão chamar a atenção. “Vamos pras ruas, impedir os ataques à classe trabalhadora”, gritarão os cutistas. “Vamos pras ruas, contra o governo Dilma”, ameaçarão os da Força.
O público será formado por trabalhadores. Mas estarão lá na condição de consumidores, fãs de música, jogadores de bingo, plateia deslumbrada. Dificilmente como lutadores.
O projeto que libera a terceirização em debate no Congresso certamente será tema de pronunciamentos e materiais de divulgação. CUT e Força Sindical terão posturas opostas. A primeira, contra. A segunda, a favor.
Ambas, no entanto, assim como a maioria de nossas entidades sindicais, já sofrem as consequências que a proposta em debate no Legislativo quer generalizar. Há décadas, elas vêm terceirizando a representação de suas categorias assalariando e burocratizando sua militância.
As muitas estrelas e sorteios dos eventos comemorativos também fazem parte desse fenômeno. Através deles os dirigentes terceirizam seu protagonismo. Seus discursos são ignorados e a luta cede lugar ao espetáculo mais superficial.
Resta saber como será o 1º de Maio de 2016. Após uma recessão bastante provável, talvez os trabalhadores das bases assumam a luta, dispensando a terceirização imposta pelas burocracias do movimento sindical.
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