“Make America Great Again”, brada Donald Trump. A tradução seria “Faça a América Grande Novamente”.
Para que não restem dúvidas sobre qual é a grandeza “americana” a que ele se refere, que tal lembrar as palavras de alguns daqueles que são considerados os maiores homens da história estadunidense.
Em 1785, Thomas Jefferson escreveu em “Notas sobre o estado da Virgínia”:
Sugiro, portanto, apenas como conjetura, que os negros, quer constituindo originalmente uma raça distinta, quer diferenciados pelo tempo e pelas circunstâncias, são inferiores aos brancos tanto física como mentalmente.
Em 1751, Benjamin Franklin publicou “Observações sobre o aumento da humanidade”, no qual manifestava sua contrariedade em relação ao tráfico negreiro pelas seguintes razões:
Por que incrementar o número dos filhos da África transportando-os para a América, onde nos é oferecida uma oportunidade tão boa de excluir todos os negros e escuros, e de favorecer a multiplicação dos formosos brancos e vermelhos?
Por fim, em 1858, durante campanha eleitoral em que disputava uma cadeira no senado, Abraham Lincoln declarou:
Existe uma diferença física entre as raças branca e negra que, em minha opinião, sempre impedirá que as duas raças vivam juntas em condições de igualdade social e política. E, na medida em que não podem viver dessa maneira, enquanto permanecerem juntas deverá existir uma posição de superioridade e uma de inferioridade, e eu, tanto quanto qualquer outro homem, sou a favor de que essa posição de superioridade seja conferida à raça branca.
Como se vê, Trump não representa nenhuma ruptura com a tradição histórica estadunidense e prova que a “América” jamais foi grande.
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