Eles inauguraram um reino de terror na comunidade judaica da Palestina. Professores foram espancados por proferirem falas contrárias a esses grupos e adultos foram fuzilados para impedir que crianças se juntassem a eles.
O trecho acima é de uma carta assinada por Albert Einstein, Hannah Arendt e mais 26 personalidades judias. Segundo o documento publicado no New York Times em 1948, esses “bandos terroristas” atacaram uma pequena vila árabe sem envolvimento em atividades militares, matando 240 de seus habitantes, incluindo mulheres e crianças. Dentre aqueles que sobreviveram, alguns foram levados para desfilar como prisioneiros pelas ruas de Jerusalém.
A maior parte da comunidade judaica ficou horrorizada. Mas os responsáveis, longe de se envergonhar, ficaram orgulhosos do massacre, convidando os correspondentes estrangeiros presentes no país a ver “o amontoado de cadáveres e a devastação generalizada na vila”, afirma a carta.
A organização denunciada pelo texto era o Herut (Partido da Liberdade), “agremiação política fortemente aparentada, em sua organização, métodos, filosofia política e apelo social, a outras organizações políticas nazistas e fascistas”, descrevem os autores. A preocupação dos signatários do documento era que seu líder, Menachem Begin, fosse recebido com honrarias na visita que faria, em breve, aos Estados Unidos.
A carta também acusa o Herut de esmagar greves e fazer pressão para destruir sindicatos, defendendo a criação de organizações no modelo fascista italiano.
A título de esclarecimento, o Likud, partido do atual premiê israelense Benjamin Netanyahu, foi formado por grupos oriundos do Herut. Como se vê, a tolerância em relação a essas práticas terroristas e fascistas vem de longa data e continua a alimentar o genocídio sionista.
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