1 - Um robô não pode ferir um ser humano.
2 - Deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto se entrarem em choque com a primeira lei.
3 - Deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a primeira ou segunda lei.
Em 1950, um dos idealizadores do computador, Alan Turing, criou um teste para verificar a capacidade de uma máquina exibir comportamento inteligente o suficiente para se passar por uma pessoa.
Em 2011, o cientista da computação, Hector Levesque, criou o desafio Winograd, que pede aos computadores para explicar o sentido de frases ambíguas, que, geralmente, são interpretadas pelos seres humanos sem equívocos.
Como se vê, as preocupações sobre a presença robótica na vida humana são muito anteriores à chamada Quarta Revolução Industrial.
O problema é que a Revolução 4.0 não é apenas sobre robôs. É sobre robôs que sabem, por exemplo, que vão apresentar defeito em breve e solicitam reparos a outros robôs.
Ou seja, está colocada a possibilidade de um mundo em que as três leis de Asimov e os testes de Turing e Levesque fiquem obsoletos pela ausência da convivência que eles pressupõem.
Ou melhor, não é difícil imaginar robôs aplicando versões invertidas dos testes de Turing e Winograd para desmascarar e segregar quem tentasse disfarçar sua condição de ser humano.
E aquelas entre as pessoas que infligissem alguma das leis de Asimov adaptadas para proteger os robôs seriam “desativadas” imediatamente.
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