Em 27/09, a imprensa mundial
divulgou um alerta do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das
Nações Unidas: a influência humana é decisiva nas desastrosas alterações
climáticas recentes.
Pouco antes do anúncio, um
estudo teria mostrado que houve uma desaceleração do aquecimento global entre
1998 e 2012. Mas a hipótese foi rejeitada pelo texto.
O IPCC confirma a interrupção
nos aumento dos níveis de calor, mas isso não invalidaria as tendências já
verificadas. “A temperatura da superfície da Terra em cada uma das últimas três
décadas foi sucessivamente mais quente do que qualquer década anterior desde
1850, no hemisfério Norte”, afirma o relatório.
A polêmica sobre a origem
humana dos problemas climáticos já deveria estar superada. Não está porque
interessa às principais potências manter os elevados lucros da indústria suja.
Há quem ache que também existam interesses econômicos por trás da tese do
aquecimento global.
É provável. Mas muitos outros
indicadores mostram que nosso atual modo de vida é insustentável. Somos a única
espécie capaz de transformar o meio. Espalhamos nossas formas de produção por
praticamente todo o planeta. Portanto, quando agimos, geramos consequências em
larga escala.
Em 2000, o Instituto Mundial de Pesquisa
Econômica do Desenvolvimento, da Universidade da ONU, divulgou pesquisa
revelando que os 2% mais ricos da população mundial detinham mais de 50% da
riqueza do planeta.
Desse modo, grande parte dos desastres que
nossa espécie provoca favorece apenas a esta minoria.
Elite minúscula que acredita ser superior ao restante de nós. Seu apego aos
lucros e ao poder demonstra que representam o exato oposto disso. São subgraduados
em humanidade.