Em
2015, foi detectada uma supernova com um brilho 20 vezes maior do que toda a luz
emitida pela Via Láctea. Seria o resultado da explosão de uma estrela
extremamente massiva no fim de sua vida.
Segundo
evidências mais recentes, porém, a enorme explosão teria sido causada por um
buraco negro supermassivo. Localizado no centro de uma galáxia, o fenômeno astrofísico
teria rasgado uma estrela semelhante ao Sol, que passou muito próximo a ele.
No
processo, a estrela teria sido esmagada e as colisões entre os seus restos, bem
como o calor gerado, levaram à explosão que teria dado ao evento a aparência de
uma supernova muito brilhante.
Agora,
considere tudo isso como uma metáfora da vida política brasileira na última
década.
A supernova
petista surgiu em 2002, com a eleição de Lula para presidente da república. A fonte
do enorme brilho parecia sair do próprio astro. Mas já era a perigosa proximidade
causada por alianças com o “buraco negro” do conservadorismo nacional.
A luz
abundante ofuscava tanto que não deixava ver que sua origem era o desabamento
da estrela em direção à escuridão. A maioria de nós só se apercebeu das trevas ao esbarrar em personagens e coisas que julgávamos enterradas no passado.
No futuro,
uma coisa é certa. O brilho daquela estrela somente será visto a distâncias muito
mesquinhas.
Na vida
real, nem a luz escapa de um buraco negro. Mas em nossa metáfora, é sempre possível
ver algumas centelhas em meio a tanto breu. Frágeis que sejam, são elas que nos
fazem esperar um 2017 iluminado por muitas lutas.
Até lá!
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