Infocalipse.
Este conceito foi criado por Aviv Ovadya, membro do Centro de Responsabilidade
para Mídias Sociais do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Em
entrevista concedida à agência Pública, em
30/05/2018, ele explica o que seria o infocalipse:
Você pode pensar na ideia como se, à medida que a
qualidade das informações num geral diminui, a inteligência de todos os membros
da sociedade e de todas as diferentes organizações que a tornam funcional, no
geral, diminui, e, se você vai muito fundo nisso, sua sociedade basicamente
desmorona.
Mas,
segundo Ovadya, só chegaríamos a esse ponto se coisas como a falsificação de
áudios e vídeos se tornassem regra. Pode ser, mas as atuais eleições no Brasil
parecem mostrar que, entre nós, falta pouco.
Por
outro lado, mentiras e distorções grotescas não surgem e se espalham do nada. Elas
precisam ter alguma base real. Uma
delas é formada por valores comportamentais. Por
exemplo, é preciso haver um elevado nível de homofobia numa sociedade para que uma
notícia falsa sobre distribuição de kits gays nas escolas sejam assumidas como verdade.
Outro
fator importante é o velho e eficiente controle sobre as narrativas históricas.
É o caso da Ditadura
Militar. Somente o enterro proposital de fatos inegáveis
da vida nacional possibilita ao primeiro colocado nas pesquisas eleitorais afirmar que esse terrível período de nossa
história fez bem ao País.
Nesse último caso, são vários
os responsáveis: monopólios da grande mídia, instituições coalhadas de antigos membros
do regime ditatorial e até a omissão de algumas de suas maiores vítimas.
Coisas assim indicam que, talvez, estejamos mais próximos do apocalipse tradicional, mesmo.
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Muito bom.
ResponderExcluirAssino com você.
Um beijo
Claudia
Obrigado, querida. Beijos!
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