A gente acredita que a imensa maioria da produção têxtil paulista, o que costuma ser comercializado por C&A, Renner, Riachuelo, Pernambucanas, griffes como a Collins, é resultado de mão de obra escrava de trabalhadores sulamericanos.A declaração acima é de Renato Bignami, chefe da Seção da Fiscalização do Trabalho da Superintendência Regional de São Paulo. Foi publicada na nota “Capital paulista abriga escravidão”, de Lúcia Rodrigues para a revista “Caros Amigos”, de julho passado.
O texto diz ainda que a rede de lojas Marisa foi multada 49 vezes pela Justiça do Trabalho por envolvimento com trabalho escravo.
Tudo isso mostra que o capitalismo faz uso de várias formas de exploração. A força de trabalho escrava foi uma das mais utilizadas em seu nascimento. O mesmo vale para as primeiras oficinas do século 17. Depois vieram as linhas de montagem.
Há 30 anos, surgiu o trabalho por equipes, em que os trabalhadores são chamados de colaboradores. Mas as outras formas de roubar trabalho alheio jamais desapareceram totalmente.
Tudo depende do ramo econômico, local, situação social e política, condições de rentabilidade etc. Onde for preciso, cada um dos tipos de exploração está presente em maior ou menor proporção.
Nada mais antigo e bárbaro que os modernos estabelecimentos capitalistas. Até seus templos de consumo estão manchados pelo “sangue e lama” que, segundo Marx, escorre por todos os poros do capitalismo.
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