Ainda segundo a reportagem, as redes de supermercados Carrefour, Walmart e Pão de Açúcar controlam metade dos alimentos comercializados no Brasil. Como resultado, esses monopólios têm enorme poder para controlar os preços dos alimentos. Daí, as dificuldades para reduzi-los.
A matéria de O Globo chama a atenção para outra conseqüência desse monopólio. A reportagem ouviu o diretor de Política agrícola e Informações da (Conab), Silvio Porto. Ele disse que as redes de supermercados brasileiras impõem até o tipo de sementes que pode ser plantado. Com isso, eles:
“...determinam uma espécie de padronização nos hábitos de consumo segundo os seus próprios interesses. Ao ignorar os regionalismos, sujeitam o país inteiro às oscilações de preços sem abrir margem para a substituição de produtos por iguarias locais, obrigando o consumidor do Nordeste ao Sul a consumir os mesmos itens“, diz Porto.Só o Pão de Açúcar tem uma rede de 415 fornecedores exclusivos. É o monopólio que se transforma em monopsônio. O monopsônio surge quando um determinado mercado é dominado por um só um comprador. É um cliente todo poderoso, que impõe seus interesses aos pequenos produtores.
Os capitalistas costumam acusar o socialismo de uniformizar a vida social. Mas, a monopolização capitalista está padronizando até nosso cardápio diário. Só se distingue do falso comunismo de tipo soviético pelo colorido vulgar da publicidade. E pela competência muito maior em transformar comida em ração.
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