O
site de compras de passagens Vai Voando começará, em 2013, a vender bilhetes
aéreos em quiosques em 150 favelas do Rio. Fechou parceria com a Central Única
de Favelas.
O
Banco do Brasil, a 20 dias de completar um ano na Rocinha, comemora a abertura
da milésima conta corrente no morro. As agências da Cidade de Deus e do
Complexo do Alemão, abertas em janeiro de 2011, já superaram a marca. O volume
de empréstimos nas três favelas, acredite, chega a R$ 8 milhões.
Ainda
segundo Gois, a Rocinha “vai ganhar a sua primeira sexshop”. Tudo isso sinaliza
um expressivo aumento na renda dos mais pobres. Mas não é algo que mereça muita
comemoração.
Ao
contrário, a ampliação do direito de consumir pode levar a uma espécie de
conformismo que mantém os direitos mais básicos no péssimo patamar em que se
encontram. Estamos falando de saúde pública, educação de qualidade, respeito às
leis trabalhistas e aposentadoria digna.
Ao
mesmo tempo, o lado perverso de nossa sociedade continua forte e vigoroso. É o
que mostra o título de reportagem de Raimundo Oliveira, publicada pela Rede
Brasil Atual, em 19/11: “Ascensão social faz aumentar casos de racismo em shoppings
e universidades”.
Segundo
a matéria, “pessoas negras enfrentam discriminação e preconceito em ambientes
antes frequentados apenas por brancos”. Na verdade, o capitalismo convive muito
bem com o conservadorismo. Ambos se alimentam e preservam um ao outro.
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