Entre 2017 e 2022, a renda de 15 mil pessoas pertencentes ao topo da pirâmide social no Brasil cresceu o triplo do ritmo observado entre o restante da população. Essa elite representa 0,01% da população. Enquanto isso, os ganhos dos 95% mais pobres não passaram dos 33%. Não por acaso, aconteceu no período Temer/Bolsonaro.
Essas informações estão em recentes matérias da Folha e do Globo, que citam números de um estudo da FGV.
Segundo a mais recente edição da “Síntese de Indicadores Sociais”, do IBGE, a pessoa mais rica do país tem uma renda mensal de R$ 597 mil, equivalente a 377 vezes a renda média geral e 3.665 vezes a renda média dos 10% mais pobres.
Em novembro passado, Marcelo Medeiros lançou o livro “Os Ricos e os Pobres: o Brasil e a desigualdade“. Nele, divulgou o seguinte dado: “Para uma pessoa entrar para o grupo dos 10% mais ricos do País, basta receber R$ 3.800 reais mensais, trabalhando com carteira assinada”.
Estes números deveriam ser motivo de grande preocupação por parte da esquerda. Grosso modo, eles sinalizam que há dois grandes pontos cegos na disputa de classes que travamos.
O primeiro fica no alto. Os super-ricos usam seu imenso poder econômico para controlar os destinos do País. Das menores prefeituras ao governo federal, passando pelos governos estaduais. Dos tribunais e parlamentos aos quartéis. Em cada centro de poder, postos-chave são ocupados por seus representantes. E é para estes que olhamos, não para seus mandantes.
Embaixo, está a imensa multidão de despossuídos. Há tempos, deixamos de enxergá-los, enquanto a direita os manteve sob sua mira.
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O que mais me chamou atenção foi dos 10% dos ricos receberem R$ 3.800 reais mensais, trabalhando com carteira assinada”.
ResponderExcluirFalei sobre isso em outra pílula. Esse rendimento é individual e a carteira assinada diz respeito ao acesso a direitos trabalhistas, imagino. Mas é uma loucura porque coloca no mesmo grupo um bancário ou professor de rede pública e um Jorge Lehmann
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