Nas Olimpíadas de Paris, estão competindo cerca de 10.700 atletas, vindos de 206 países. Mas houve uma olimpíada em que os competidores chegaram 100 mil e não representavam nenhum país específico.
Estamos falando da olimpíada que aconteceu na Áustria em 1931 e foi organizada por dezenas de entidades de trabalhadores socialistas. As únicas bandeiras hasteadas eram vermelhas, simbolizando a verdadeira pátria dos socialistas: a classe trabalhadora. O grande número de atletas se devia ao fato de que participavam aqueles que se sentiam aptos a competir e não apenas os “melhores”.
Esses jogos passaram a acontecer em 1925, em vários países da Europa. Mas vinham sendo organizados desde 1920, quando representantes de organizações esportivas proletárias da Alemanha, Inglaterra, Bélgica, França e Áustria se reuniram para formar uma associação internacional, a Sportintern.
Em 1936, mais uma edição dos jogos proletários ocorreria em Barcelona. Mas o golpe fascista inviabilizou o evento. Muitos dos participantes que já haviam chegado, porém, permaneceram na Espanha para combater os fascistas. Em seguida à derrota das forças socialistas, começou a Segunda Guerra e as Olimpíadas Populares não voltaram mais a se realizar.
Este relato está contado em detalhes no artigo Quando as Olimpíadas eram anticapitalistas, de Gabriela Leite, recentemente publicado no portal Outras Palavras. Uma história bonita e que pode inspirar novas iniciativas semelhantes.
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