Doses maiores

29 de junho de 2010

EUA: a Copa e banqueiros pilantras

No início da Copa, analistas do JP Morgan fizeram previsões sobre o resultado da competição. O banco americano dizia que o Brasil perde nos pênaltis para a Holanda. O campeão seria a já desclassificada Inglaterra. Bobagem de quem não conseguiu prever a crise que começou em 2008 e pegou o sistema bancário em cheio.

O negócio do JP Morgan não é fazer previsões. É pilantragem, mesmo. Na crise de 2008, o governo americano fez um enorme empréstimo ao banco Bear Stearns, que estava ameaçado de quebrar. Salvo da falência, o Bear foi vendido para o JP Morgan ao preço de 2 dólares por ação. Antes da crise, as ações valiam 160 dólares. O enorme lucro do JP Morgan nessa transação foi financiado pelo povo estadunidense.

Mas, esta não é a primeira trapaça do JP Morgan. Quem conta é mais uma vez Howard Zinn, em seu livro “Uma história do povo dos Estados Unidos”. John Pierpont Morgan começou a fazer fortuna no final da Guerra Civil americana. Havia falta de rifles no mercado. Morgan comprou armas velhas e recauchutou. Vendeu como novos ao exército. Resultado, de um lado, muito lucro para Morgan fundar seu banco. De outro, soldados mortos e mutilados ao usar os rifles defeituosos.

Para completar, ao ser convocado para lutar na guerra, Morgan pagou 300 dólares para que outro se apresentasse em seu lugar. São casos como estes que revelam os Estados Unidos como o paraíso da pilantragem capitalista. Campeão absoluto nessa competição cheia de fortes concorrentes.

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