As razões para tanto otimismo?
Seriam dois eventos, segundo ele. Primeiro, a redução do déficit público nos
Estados Unidos de 6% para 4% do PIB, no primeiro trimestre deste ano. Segundo,
a leve reação da economia japonesa, que teve ligeiro crescimento do PIB depois
de duas décadas empatada no zero.
Ele também conta com a
manutenção do crescimento chinês mais ou menos no mesmo ritmo atual. Mas não
cita a recessão que já toma conta de nove dos 17 países da Zona do Euro. Os
que cresceram, ficaram pouco acima do zero. O resultado é uma taxa de desemprego acima dos 12% da população na região, em média.
Na mesma edição, o artigo “Retomada
industrial nos EUA", de Marcello Averbug, apresenta uma visão diferente sobre
a reação americana. Admite um certo crescimento industrial no país, mas adverte
que isso não contribui para amenizar “o agravamento da iniquidade social” ou
garantir taxas elevadas de crescimento do PIB. Portanto, não é suficiente para impedir
novas “ondas recessivas”.
De que lado estaria a razão? Difícil
saber, mas uma coisa é certa. Seja no cenário mais otimista, seja no pessimista,
as consequências já são trágicas para a grande maioria das populações afetadas.
Em seu texto, Mendonça de
Barros avisa: “não apostem contra o capitalismo”. Ele sabe do que está falando.
As cartas, o dados, as roletas estão viciados desde o início do jogo, há uns
200 anos.
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crise europeia e o gato Orlando
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