Grande personagem do livro “Amor e Capital”, de Mary Gabriel, Engels administrou as empresas de sua
família por muitos anos. Odiava o papel de patrão, mas tinha um ótimo motivo.
Garantir a Marx os meios materiais para atuar politicamente e elaborar sua
teoria.
Ao lado de Jenny, foi grande
responsável pela existência de “O Capital”. Sem o apoio dos dois, Marx jamais
teria conseguido concluir grande parte de sua maior obra.
Mortos Jenny e Marx, Engels
assumiu os cuidados com suas filhas, sempre em apuros com seus maridos
irresponsáveis. Sem filhos, deixou a maior parte de sua fortuna para elas e para
os netos de Marx.
Mas nem tudo se resumia a dificuldades.
Marx e seu anjo escreveram obras geniais juntos, bebiam aos montes, compravam
brigas homéricas.
Engels também era torto no
sentido boêmio da palavra. Muito bom de copo e, na juventude, grande conquistador
de corações.
O anjo gostava de usar a
espada. Adorava lutar nas barricadas. Por isso, as meninas Marx o apelidaram de
General.
Foi feliz em duas longas
uniões amorosas. Em ambas, com operárias analfabetas, comprometidas com a luta
socialista.
Engels era um teórico
brilhante. Sua obra, tão importante quanto a de seu protegido.
A seu enterro compareceram
novos anjos tortos, que ele ajudou a formar. Uma legião que se tornaria o
pesadelo dos poderosos nas décadas seguintes. Entre eles, Vladimir Lênin.
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