“Elaborado
para países do Eixo ou já ocupados pela Alemanha nazista, diz Dorrit, o guia
orientava seus agentes na formação e treinamento de ‘cidadãos sabotadores’”.
A publicação
foi tornada pública em 2008, sendo possível acessá-la no próprio site da CIA. Mas
o que interessou a articulista foi um capítulo “específico para desestabilizar
organizações e conferências. Entre as inúmeras formas de sabotagem sugeridas,
estão”:
Insista em submeter tudo a “canais
competentes”. Jamais permita atalhos capazes de acelerar decisões. Faça
discursos longos. Assuma a palavra com o máximo de frequência. Sempre que for
viável, repasse qualquer questão para maior análise e consideração de outras
comissões. Tente formar comissões de muitos membros — nunca menos de cinco.
Levante temas irrelevantes com a maior frequência possível. Retome questões
decididas na reunião anterior e procure meios de reabrir o tema.
Dorrit utiliza a citação para
comentar as trapalhadas do governo federal e parlamentares brasileiros durante uma
recente visita de uma comissão de eurodeputados ao País.
Mas, para nós, seria interessante saber
até que ponto boa parte da esquerda adota alguns daqueles procedimentos recomendados
pelo manual em seu próprio meio. E, muito provavelmente, sem qualquer necessidade
de infiltração de agentes da CIA entre nós.
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