
Em 2012, Putin já estava no comando
da Rússia desde 1999. Em junho daquele ano, ele falou na Câmara Alta do
Parlamento Russo. Ao lembrar as vítimas russas da Primeira Guerra, o governante
culpou os bolcheviques pela “derrota” de seu país no conflito.
Segundo ele, o governo liderado por Lênin traiu
os interesses nacionais ao negociar um tratado de paz "vergonhoso" com a Alemanha. Só não disse que foi o tratado que acabou empurrando o conflito para seu final, poupando milhões de vidas.
Para Putin, somente Stálin merece respeito,
pois teria tornado a Rússia grande novamente, além de ser responsável pela
derrota do nazismo na Segunda Guerra. Daí uma das datas mais festejadas pela
cúpula russa ser 9 de maio. Neste dia, em 1945, as tropas soviéticas derrotaram
os nazistas na “Batalha de Stalingrado”.
Neste caso, Putin segue a historiografia stalinista e ignora que a heroica vitória das tropas soviéticas não aconteceu
graças a Stálin, mas apesar dele. Afinal, Stálin confiou no pacto que fez com Hitler até as vésperas da invasão do território russo pelo exército alemão.
Outra comemoração oficial importante
é 4 de novembro, Dia da Unidade Nacional. Nesta data, em 1612, tropas invasoras
polonesas foram expulsas de Moscou, apesar da ausência de um Czar para guiar a
resistência russa.
O povo russo bem que poderia se
inspirar nas duas datas favoritas das autoridades para se livrar de seu
atual czar, figura querida por forças de extrema-direita
no mundo todo.
Leia também: Dora Avante e a “vã guarda” fã de Putin
Bom, muito bom. Absurdo. Quando o mundo inteiro abomina o stalinismo a gente percebe que ele ainda existe, e dentro da própria Russia.
ResponderExcluirPois é!
ResponderExcluir