Resultado,
entre as tragédias de Mariana e Brumadinho, o valor da Vale no mercado acionário
passou de R$ 77 bilhões para R$ 297 bilhões.
Quando
da tragédia em Brumadinho, as ações da Vale despencaram 24,5% na Bolsa de São
Paulo. Na Bolsa de Nova York, caíram 27,5%. Mas, já naquele momento “agentes ligados ao mercado financeiro”:
...apontavam a possibilidade de ganhos futuros. No
dia da tragédia em Brumadinho, 25/01, o Bank of America mantinha a indicação de
compra das ações da Vale, baseado na expectativa de elevação do preço do
minério devido à parada simultânea da Samarco e do Complexo Paraopeba e na
existência de capacidade ociosa da Vale.
Ao
mesmo tempo, a possível desativação de dez barragens da mineradora sob risco de
rompimento reduziria sua produção anual em 10%. Com isso, haveria uma redução
da oferta que elevaria o preço do ferro. Combinada ao aumento da extração do Sistema
Norte da empresa, previsto para breve, essa redução pode se refletir positivamente
no valor acionário da empresa.
As
informações acima estão em “É culpa da Vale, dizem especialistas. Mas o que é a
Vale?”, artigo de Rodrigo Salles Pereira dos Santos e Bruno Milanez, publicado na Folha,
em 03/03/2019.
Diante
disso, a resposta à pergunta do título do artigo é óbvia. O que é a Vale se não
a lógica cruel do capitalismo em pleno funcionamento. Vidas perdidas e prejuízos
ambientais incalculáveis trocadas por gordos lucros acionários.
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