Em 07/02/2019, nos Estados
Unidos, parlamentares democratas liderados por Alexandria Ocasio-Cortez apresentaram
um projeto-de-lei intitulado o “Green New Deal”.
O “Novo Acordo Verde” é um
plano ambiental que pretende criar uma economia mais amiga do meio ambiente naquele
país, até 2030. Também pretende unir questões sociais e ecológicas, incorporando
pautas dos movimentos populares.
São cinco objetivos em
10 anos. O mais ambicioso deles, a conversão da matriz energética dos Estados
Unidos em algo próximo de 100% com fontes de energia limpa, renovável e sem emissões
de carbono.
José Eustáquio Diniz Alves, professor da Escola Nacional de
Ciências Estatísticas do IBGE, analisou o projeto em artigo publicado no portal EcoDebate.
Segundo ele, não será
fácil implementar a proposta, entre outros motivos, porque “é impossível
viabilizar um novo projeto verde para os EUA se for baseado no crescimento demoeconômico
do país”.
Alves está se referindo,
especialmente, ao desenfreado consumismo estadunidense. Tao lucrativo para
alguns poucos, como desastroso para a enorme maioria, de lá e do resto do planeta.
A proposta inspira-se no
“New Deal”. Uma série de programas implementados nos Estados Unidos entre 1933
e 1937, sob o governo Roosevelt, para recuperar a economia estadunidense após a
Grande Depressão de 1929.
Realmente a recuperação econômica
estadunidense no período posterior foi impressionante. Mas há muitas evidências
de que esse sucesso se deveu muito mais à Segunda Guerra Mundial que ao New
Deal.
A “recuperação” econômica
aconteceu, principalmente, graças à barbárie que queimou muitos milhões de
vidas pelo planeta. É assim que o capitalismo se recicla. No lugar do verde, a
cor do sangue dos explorados.
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