A 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) acabou há poucos dias. Aconteceu nos Emirados Árabes. Sob a presidência de um sultão, o país tem a sexta maior reserva de petróleo do mundo.
Um detalhe importante é que a maior representação do agronegócio veio do Brasil. Eles eram 10% dos membros de grandes indústrias mundiais do setor presentes. Todos juntos e misturados na grande delegação liderada pelo presidente Lula.
A próxima edição deve ocorrer no Azerbaijão, que, apesar de não ser governado por um sultão, tem um terço de sua economia ligado aos combustíveis fósseis.
Já a COP30, em 2025, será em Belém, na Amazônia. Seria bom lembrar que, em agosto passado, a capital paraense foi sede da Cúpula da Amazônia, que reuniu oito países da região. Do encontro resultou a chamada “Declaração de Belém”. Mas o documento não fixou metas ou prazos para a conservação florestal. A necessidade de zerar o desmatamento foi mencionada apenas como "um ideal a ser alcançado".
O texto também evitou estabelecer um compromisso de pôr fim à exploração dos combustíveis fósseis na Amazônia. A única autoridade a protestar contra isso foi o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que não se deixou influenciar pelo próprio sobrenome.
O fato é que apesar da heroica resistência dos movimentos populares, essas conferências vão cada vez mais se tornando um ponto de encontro de poderosos produtores de sujeira ambiental de todo tipo.
Enquanto isso, o planeta arde como uma febre que antecede o agravamento da doença que pode expelir algumas pragas de seu organismo. Adivinhem quem está entre essas pragas?
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