“Conspiração Terrorista Internacional das Mulheres do Inferno”. Este é o nome de uma organização feminista surgida nos Estados Unidos, em 1968. Em inglês, “Women's International Terrorist Conspiracy from Hell”. O nome formava a sigla W.I.T.C.H., que, em inglês, quer dizer bruxa.
O W.I.T.C.H. surgiu do grupo “Mulheres Radicais”, que havia organizado um protesto durante um concurso de Miss América. Elas colocaram uma coroa de miss em uma ovelha para simbolizar a opressão sobre as mulheres que eventos como aquele significavam.
O livro “Uma história do povo dos Estados Unidos”, de Howard Zinn, cita brevemente algumas atividades desse coletivo feminista. Segundo o historiador, uma de suas ações mais famosas aconteceu na Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1968.
Elas apareceram vestidas de bruxas para denunciar as ações da United Fruit, empresa que representava o que há de pior no capital imperialista estadunidense. Principalmente nos países do “terceiro mundo”, onde a empresa comprava governos corruptos e financiava organizações contra-revolucionárias.
Desde então, a figura das bruxas foi adotada pelo movimento feminista. É uma referência à caça às bruxas, da Idade Média. Aquelas que ousavam desafiar a autoridade masculina eram acusadas de estarem possuídas pelo demônio. Foram mais de quatro séculos de perseguições a mulheres, principalmente na Europa.
Eram torturadas com crueldade, estupradas, mutiladas e queimadas vivas lentamente. Atualmente, a violência contra as mulheres já não é tão terrível. Mas as estatísticas mostram que ela continua. Em especial, contra aquelas que desafiam o machismo e lutam nas trincheiras da classe trabalhadora.
Leia mais em: A “caça às bruxas”: uma interpretação feminista
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