A
economista-chefe do Banco Mundial para Educação na América Latina e Caribe,
Barbara Bruns é citada pela reportagem. Teria dito que “a indústria da educação
é a única em que os ‘operários’ (professores) não tem sua performance avaliada
de forma direta e objetiva em busca de uma otimização do tempo”.
A
coordenadora geral do Sindicato da categoria, Gesa Correa, declarou que tais avaliações
procuram culpar os professores pela baixa qualidade do ensino público. Só “servem
para colocar um ranking, dividir profissionais de educação entre competentes e
incompetentes”, disse ela.
Recente
artigo na revista marxista “Monthly Review” aborda este problema nos Estados
Unidos. Nele, John Bellamy Foster denuncia a adoção de métodos tayloristas em
escolas públicas estadunidenses. Trata-se do programa “Corrida para o topo”, resultado
de parceria entre o governo Obama e entidades “capitalistas”, como a Fundação
Bill e Melinda Gates. O
programa engessa procedimentos, tira a iniciativa dos educadores, impõe a adoção de apostilas
técnicas e livros resumidos.
Marx
afirmou que a sociedade capitalista se dividiria cada vez mais em burgueses e proletários.
Mas não quis dizer que todos os trabalhadores usariam macacão. Em pleno século
21, professores tornam-se apertadores de parafuso.
Os
operários sempre aprenderam com suas lutas nas fábricas. Seria bom que educadores
e alunos descubram essa outra pedagogia.
Leia
o artigo de Foster, clicando aqui
Leia
também Nobel:
da dinamite à mercantilização da vida
Nos EUA estão drogando crianças para "melhorar" seu rendimento escolar - http://www.cientistaqueviroumae.com.br/2012/10/custa-caro-demais-modificar-o-ambiente.html
ResponderExcluirÉ isso, Mike. Taylorização com medicalização. Terrível. Ainda mais, quando se trata de crianças e jovens.
ResponderExcluirAbraço