O leilão do campo de petróleo
da camada pré-sal batizado Libra aconteceu, apesar da oposição da imensa
maioria dos movimentos populares e sindicais e partidos de esquerda. Incluindo
setores fiéis ao governo.
Para todos eles, trata-se de
uma privatização. Para alguns, seria a maior privatização da história. O fato
de que o tucano Aécio Neves faça coro com afirmações desse tipo não as desmentem. Lula
disse que as críticas ao leilão são eleitoreiras. Mas se isso é verdade para
Aécio, está longe de sê-lo para a Federação Única dos Petroleiros e para a CUT.
As duas são grandes aliadas do governo e igualmente condenaram o leilão.
Para desequilibrar ainda mais
essa balança, que tal mais duas opiniões tucanas?
Não é o momento de tiroteio.
É hora de celebrar a privatização do petróleo pelo PT, um divisor de águas
histórico para o partido.
A frase é da economista Elena
Landau, ex-diretora de “desestatização” do BNDES no governo Fernando Henrique.
Enquanto isso, Arnaldo Jabor,
a quem não se pode acusar de ser simpático aos petistas, rosnava no Jornal da
Globo, pouco antes do leilão:
Dilma tem de governar o país
como se guiasse uma carroça com dois cavalos: um rápido e moderno; e o outro,
manco e velho. Sempre que ela tenta modernizar algo os velhos mancos sindicais
ideológicos empacam. Talvez nem sejam cavalos e, sim, burros.
O fato é que em um dos pratos
da balança está a pesada pedra da privatização. No outro, um governo que se
rende aos poderosos com a leveza mais insuportável.
O SUS à venda nas eleições
As privatizações de Dilma
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