Em 20/05, o jornal “The
Guardian” publicou o artigo “O capitalismo selvagem está de volta e não irá se
domesticar”, do antropólogo David Graeber.
Segundo ele, os capitalistas somente
admitem abrir mão de parte de seus imensos lucros quando seus interesses estão
seriamente ameaçados. Foi o que aconteceu entre o término da 2ª Guerra e o
final dos anos 60.
Diante da ameaça “comunista”
e das revoltas nacionais em várias partes do globo, abriu-se um pequeno período
de expressiva diminuição da desigualdade social. Agora, diz Graeber, sem nada a
ameaçar o sistema, a tendência seria a volta de um “capitalismo selvagem”, sem qualquer
freio.
No mesmo dia, o portal G-1
divulgou um estudo que mostraria que o “Homem acelerou em mil vezes a taxa de
extinção de espécies”. Segundo a matéria, “antes dos humanos, o ritmo de
extinção era de uma espécie a cada 10 milhões por ano”. Atualmente, seria de
100 para cada 1.000 anuais.
A reportagem afirma que a
Terra já passou por cinco grandes extinções antes de nossa existência. Mas poderíamos
ser os responsáveis pela próxima. E cita as extinções do pássaro Dodô, do Lobo-da-Tasmânia
e do Lobo-das-Malvinas, todas causada por nós.
Mas o fato é que só passamos a
provocar o desaparecimento de outras espécies a partir do século 17. Exatamente
quando surgia o capitalismo, que tornou central a
destruição da natureza em nossa relação com o planeta.
Na verdade, o “capitalismo selvagem”
nunca foi embora. E os animais que o controlam podem estar preparando mais uma grande
extinção. O maior o risco é que venha a ameaçar nossa própria espécie.
Leia também: Sejamos
egoístas, salvemos a natureza
Nenhum comentário:
Postar um comentário