Voltando
a John Riddell, historiador canadense socialista e editor de uma
série de livros sobre a Internacional Comunista na época de Lênin. Mais
um trecho do interessante artigo “Party democracy in Lenin’s Comintern – and now”
(“Democracia partidária na Internacional Comunista de Lênin - e
agora”), ainda sem tradução:
A Internacional Comunista e seus
partidos procuraram funcionar de acordo com as normas do “centralismo
democrático”. Este conceito foi entendido como democracia
proletária na tomada de decisões e na escolha dos líderes,
combinada com a unidade na realização de um curso de ação
aprovado pela maioria. Os marxistas usam o mesmo conceito hoje. Mas
no início da Internacional Comunista, o foco era diferente: sua
principal preocupação era lidar com o burocratismo e o
eleitoralismo.
As principais unidades
integrantes dos partidos da Internacional Comunista fora da Rússia
vieram do antigo movimento social-democrata. Esses partidos se
livraram de suas alas reformistas, mas ainda preservaram muitas de
suas estruturas e hábitos. Os partidos de onde vieram dedicaram sua
energia principalmente às campanhas eleitorais e ao trabalho
educacional associativo. Eram liderados por uma camada burocrática
de funcionários enraizados acima de tudo na fração parlamentar,
nos órgãos jornalísticos e nas lideranças sindicais. O
centralismo democrático da Internacional Comunista procurou superar
o burocratismo. Pretendia manter o trabalho parlamentar, jornalístico
e sindical sob controle partidário; unificar liderança e base em um
movimento homogêneo; e equipar o partido para intervir nas lutas de
massa.
Leia também: A Internacional Comunista na época de Lênin
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