Os trabalhadores da França invadiram as ruas ontem para protestar contra a reforma da previdência e a política migratória. Cerca de 2,5 milhões paralisaram as atividades nas áreas de educação, transporte e serviços públicos.
A resistência aos ataques contra os imigrantes é uma das lutas mais importantes na França. Mas, o dia de paralisação convocado pelas maiores centrais sindicais teve como principal motivo outra questão. Trata-se do projeto de reforma da previdência enviado pelo governo Sarkozy à Assembléia Nacional. Entre outras medidas, a proposta quer elevar a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.
Com as greves, mais da metade dos trens pararam. Os serviços de metrô também foram atingidos. Cerca de metade dos funcionários públicos aderiu à greve. Os sindicatos avaliam que o movimento superou as manifestações de junho passado, que havia envolvido 2 milhões de trabalhadores.
O objetivo dos governos europeus é obrigar os trabalhadores a amargar os prejuízos causados pela crise capitalista. As conseqüências são óbvias: aumento da desigualdade social, corte de direitos e mais pobreza. É por isso que as respostas vêm sendo cada vez mais radicais.
Os governos da Grécia, Espanha, Itália e Romênia também vêm enfrentando grande resistência popular a suas tentativas de impor cortes de salários e direitos. O metrô de Londres ficou paralisado na terça-feira por uma greve de 24 horas contra o fechamento de postos de trabalho.
Outras partes do globo parecem estar longe de tanto barulho. Mas, os intestinos da economia global continuam digerindo os efeitos da crise de 2008. Muita matéria fedorenta ainda está por ser expelida.
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