Plínio de Arruda Sampaio se destaca na atual campanha eleitoral por defender idéias e propostas radicais. E também por sua idade avançada, enfrentando os preconceitos contra idosos.
Lembra a história de Mother Mary Jones. Mais uma personagem do livro “Uma história do povo dos Estados Unidos”, de Howard Zinn.
Nascida na Irlanda, em 1837, Mary mudou-se para os Estados Unidos, onde perdeu seus quatro filhos numa epidemia de febre amarela. Em Chicago, trabalhou como costureira até que um incêndio destruiu sua oficina e tudo o que tinha.
Começou a participar do movimento sindical aos 50 anos. Principalmente junto aos mineiros. Atuava com as mulheres no apoio às manifestações e greves de seus maridos.
Sua imagem maternal e idosa escondia um vulcão de agitação. Certa vez, em uma assembléia, foi apresentada como uma humanista. Ela corrigiu: “Não sou humanista. Sou uma agitadora infernal.”
Ao ser interrogada por autoridades, perguntaram-lhe onde vivia. Ela respondeu: "Vivo nos Estados Unidos, mas não sei exatamente em que lugar, porque estou sempre onde uma luta contra a opressão precisar de mim."
Em 1903, Mother Jones liderou uma marcha de crianças da Pensilvânia até Nova York para protestar contra o trabalho infantil, diante do Presidente Roosevelt.
Em 1905, estava entre os que fundaram a central sindical Industrial Workers of the World (IWW). A organização foi criada para romper com a atuação pelega da American Federation of Labor (AFL).
Morreu em 1930, aos 93 anos, apesar de alegar ter chegado aos 100. Tinha orgulho de sua velhice ativa e de ser considerada a mulher mais perigosa dos Estados Unidos. Perigosa para os poderosos.
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