O
maior crime de João Paulo não tem nada a ver com Mensalão. Em 2003, ele era presidente da Câmara. Coordenou
a aprovação pelos deputados do primeiro grande projeto do governo Lula. Graças
a seu empenho, a Reforma da Previdência inaugurou uma série de medidas que mantiveram
e reforçaram o neoliberalismo no País.
Mas João
Paulo não mostrou eficiência apenas no manejo das votações. Também autorizou a
invasão do Congresso pela tropa de choque da polícia militar. O objetivo era
reprimir centenas de manifestantes que protestavam contra uma
reforma que sempre foi combatida pelo PT na oposição.
Na época,
entidades sindicais denunciaram João Paulo ao STF. A convocação das tropas de
choque teria sido inconstitucional. Claro que o processo foi solenemente
ignorado pela “mais alta corte” do País. Afinal, era uma reclamação feita por
trabalhadores. Os interesses destes muito raramente merecem proteção das
instituições.
Como João Paulo,
há muitos outros. Não estamos falando dos canalhas da direita. Estes, já
sabemos a quem servem. Trata-se dos que chegaram a postos de poder com nosso
apoio e acabaram chafurdando no chiqueiro institucional. Mas seu julgamento não
deve ser feito por uma corte a serviço das elites.
Os movimentos
populares e de trabalhadores precisam criar uma lista para os que traíram suas
lutas. Ficha suja neles!
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