O movimento de
protesto contra o sistema financeiro despertou grandes esperanças. Mas, em
novembro, a polícia dissolveu o acampamento violentamente. Na entrevista, Lasn
apresenta duas razões principais para o fim do movimento.
Uma delas seria
a violência policial que caiu sobre o movimento não apenas em Nova York, mas em
vários outros lugares dos Estados Unidos. Pareciam “ataques coordenados”, diz o
entrevistado.
A queixa parece
ingênua. Protestos e manifestações que coloquem em risco os interesses dos
poderosos serão, cedo ou tarde, atingidos pela repressão estatal. E claro que são ações coordenadas. O Estado está aí para isso.
A outra razão para
o desmonte do Occupy seriam reuniões que duravam horas e lidavam com questões como
“quem vai responder emails”. Lasn chega a dizer que faltavam lideranças capazes
de calar os participantes mais tagarelas.
Bem-vindo ao
mundo dos lutadores, Kalle Lasn. Há séculos, os trabalhadores enfrentam problemas
parecidos em suas lutas. Repressão violenta e oscilação entre a desorganização espontânea
e o autoritarismo burocrático.
A magia de que fala
o entrevistado é a bonita descoberta de que “a união faz a força”. Mas trata-se
de conquista sob constante ameaça da sociedade hierárquica em que vivemos.
Boas-vindas aos “novos
proletários” e seus diplomas. Que se juntem aos veteranos dessa longa guerra de
classes. Compartilhem do aprendizado das lutas anticapitalistas.
Podiscrê, qualquer reuniãozinha de esquerda é um grande aprendizado para testar sua resiliência, hahaha
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