Recentemente, surgiram evidências de que os
neandertais teriam sido quase tão inteligentes quanto nós. E de que convivemos
com eles por muito tempo antes que desaparecessem, como provam os fragmentos do
DNA neandertal encontrados em nosso genoma.
Nos descobrir mestiços desses ancestrais que costumávamos desprezar é só mais
uma decepção em meio a muitas outras.
Primeiro, Copérnico mostrou que a terra não é o centro do universo. Depois, Darwin
descobriu que somos apenas uma versão mais complexa do macaco. E Freud revelou
que nossa toda poderosa Razão pode ser facilmente enganada pelo inconsciente.
O capitalismo acelerou esse processo de consciência sobre a própria insignificância
amarrando nossas vidas aos caprichos das leis cegas do mercado. Trocar Deus,
Razão, Ciência pelo culto às mercadorias não melhorou nada a autoestima da
espécie.
Marx também não colaborou quando mostrou que chegamos aonde chegamos por obra de
nossas próprias ações. O único atenuante é o fato de que vínhamos agindo tal
como Cristo disse sobre os homens quando pediu a Deus que os perdoasse: “...
eles não sabem o que fazem”.
O primeiro passo para superar as próprias fraquezas é reconhecer sua existência.
É isso que muitas das descobertas sobre nós mesmos vêm oferecendo.
Milênios atrás, não tínhamos como saber porque os neandertais estavam
desparecendo diante de nossos olhos. Hoje, já temos uma boa ideia sobre como
pode ser nossa própria extinção. Mesmo assim, marchamos acelerado em direção a
ela.
A grande maioria continua ignorando o mal que é obrigada a fazer a si mesma. A minoria
que manda e sabe o que faz está longe do alcance de qualquer perdão.
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