O fato é que
Demóstenes abusou da confiança de seus colegas. Posou de paladino da
moralidade, acusou, apontou o dedo para vários deles e se fez campeão da “ficha
limpa”. Esqueceu de combinar com o restante dos gatunos que o rodeavam. O
resultado é a injustiça que lhe fizeram.
Injustiça, sim.
A grande mídia sempre lhe reconheceu os serviços prestados. Afinal, em dezembro
de 2009, a revista Época colocou o senador goiano entre os 100 brasileiros mais
influentes. Texto de Demétrio Magnoli elogiava a disposição de Demóstenes no
combate às “cotas raciais”. Causa que o senador defendeu usando argumentos
racistas.
Foi considerado
um dos senadores mais produtivos da Casa. Apresentou mais de mil projetos. Entre
eles, a redução da maioridade penal para 16 anos em casos de crimes hediondos.
Para tristeza dos conservadores, não obteve sucesso.
O senador apareceu
várias vezes na lista de "Cabeças do Congresso", do Departamento
Intersindical de Assessoria Parlamentar. O site “Congresso em Foco” o colocou
em oitavo lugar entre os melhores parlamentares de 2011.
Demóstenes não
pagou por sua amizade com Cachoeira. Foram as inimizades que cultivou em uma
casa feita para governar para poucos que o condenaram. Sua ficha junto aos
ricos e poderosos sempre foi mais do que limpa.
Leia também: Ler
não compensa, já o crime...
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