...o
período foi marcado pela instabilidade dos mercados financeiros e pelo fraco
desempenho das Bolsas de Valores. De acordo com o BNDES, a crise financeira
internacional e seus reflexos no mercado doméstico afetaram a performance das
empresas, aumentando a instabilidade do mercado de ações.
Pode até ser
verdade. Mas o fato é que o BNDES é responsável pela Bolsa-Milionários. O Bolsa
Família não chega a custar 1% do PIB. Enquanto isso, ninguém sabe ao certo
quanto o banco estatal empresta pra algumas poucas e gigantescas empresas. Com
certeza, são dezenas de bilhões de reais por ano.
A taxa
utilizada para corrigir os empréstimos é a chamada TJLP (Taxa de Juros de Longo
Prazo). Ela equivale a metade das taxas cobradas pelo mercado. E, como o nome
diz, seus financiamentos são pagos em prazos mais longos.
Isso acarreta
uma enorme diferença entre o que o dinheiro que o banco empresta e o que ele compra
no mercado. E quem cobre essa diferença é o Tesouro da União. Ou seja, o
prejuízo entra na conta da já imensa dívida pública que retira ainda mais
recursos dos serviços públicos.
Se um novo
surto da crise vier como muitos especialistas acreditam, aí sim, haverá sérios
problemas de inadimplência. Não com Casas Bahia ou Lojas Americanas. Os
caloteiros, mesmo, serão os de sempre. Grandes empresários, acostumados a mamar
nas tetas estatais. Se elas secarem, eles já terão enchido a pança.
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