O
PT patrão parece não ter aprendido com sua própria história. O PT patrão apenas
aprimora as táticas de pressão psicológica e negociação questionável daqueles
com os quais negociou na época em que a greve era sua (Folha de S. Paulo,
08/08/2012).
É de César
Augusto de Azambuja Brod, coordenador de Inovação Tecnológica do Ministério do
Planejamento. Foi dita logo após Brod ter pedido exoneração do cargo por se recusar
a cortar o ponto de funcionários em greve.
É uma postura cheia
de dignidade. Mas não é preciso ser revolucionário para chegar a tanto. No jargão
sindicalista, pelegos são dirigentes que procuram facilitar a vida dos patrões em
seus conflitos com os trabalhadores.
Hoje, muitos deles
estão no governo petista. Antes, desempenharam papel importante nas lutas dos trabalhadores
e da população em geral. Nem por isso escondiam sua crença no paz entre exploradores
e explorados. Portanto, não surpreende sua rendição aos encantos do poder.
O problema é que
as traições do lulismo já ultrapassaram até os elásticos limites dos pelegos. Não
se trata apenas da recente ordem para cortar o ponto de grevistas. Nem do apelo
a obrigações legais que sempre denunciaram como injustas.
O lulismo renega não
somente as greves que liderou. Também faz coro com o Judiciário e a grande
imprensa que só lhe têm desprezo. Sem dúvida, alcança um novo nível de
baixeza. O grande capital já pode usá-lo para limpar a lama de suas botas.
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