Ou
seja, os grandes capitalistas começam a se preocupar. Mas é muito provável que
não possam fazer nada. Um artigo publicado na página do IHU-Online ajuda a explicar.
Chama-se “O capitalismo e a economia política da mudança climática”, de Rob
Urie, economista estadunidense.
O
texto é um tanto confuso, mas alguns trechos
merecem destaque. Ele diz, por exemplo, que diante do aquecimento global, o princípio
capitalista de que as pessoas agindo “segundo seus interesses individuais
produzam bons resultados coletivos, é comprovadamente falsa”.
Urie
refere-se à tese do economista inglês Adam Smith, a mais respeitada da doutrina capitalista. Com base
nela, os ideólogos da burguesia defendem soluções individuais para os
desequilíbrios ecológicos. Ou seja, consumo consciente para salvar o planeta.
Mas
o problema começa na esfera produtiva. Como diz Urie, o lucro só pode se realizar
se os custos de produção forem empurrados para os outros. Começa pelo trabalhador
diretamente explorado, mas também inclui o meio ambiente e populações inteiras.
É a fumaça que sai da chaminé e envenena tudo em volta.
Os
ecocapitalistas não estão apenas pedindo às pessoas que paguem mais por produtos
limpos em nome de um bem maior. Estão querendo que os empresários arquem com os
custos de uma produção limpa. Isso vai contra séculos de egoísmo econômico pregado
pelo capitalismo. Ou seja, não vai rolar.
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