Especialistas
divergem sobre o real significado da medida. Mas o professor da Universidade de
Brasília, Carlos Eduardo Vidigal, é otimista. Ele acredita numa abertura
progressiva e calculada ao mercado internacional. E cita como exemplo a China,
que teria desenvolvido “seu projeto de potência econômica sem abandonar o
comunismo".
O
fato é que os cubanos precisam encontrar uma saída para uma crise que já dura décadas.
Não apenas devido ao criminoso boicote estadunidense. A ilha está pagando um preço
muito elevado pela equivocada dependência em relação à falecida União Soviética.
Mas
apostar no caminho chinês não é a saída. A China tornou-se uma potência
econômica às custas de trabalho superexplorado, direitos mínimos e pouca
liberdade. Quase tudo para benefício das poderosas multinacionais lá instaladas.
De comunismo, só o nome fantasia.
A
matéria diz que a empreiteira brasileira já executa obras no valor de mais de
900 milhões de dólares no porto de Mariel. E 85% do projeto são financiados
pelo BNDES. Parcerias como esta já fazem estragos aqui, no restante da América
Latina, além de Oriente Médio e África. É uma das alavancas do terrível
“imperialismo jr.” brasileiro.
O
governo dos Estados Unidos pode ficar tranquilo. Parece que seu parceiro na
invasão do Haiti também começa a ajudá-lo em Cuba.
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