Um
artigo de Joshua Salomon, da Escola de Saúde Pública de Harvard, por exemplo,
comparou as condições de saúde entre 1990 e 2010 em 187 países. “Os resultados
mostram que um ano a mais de vida corresponde, na verdade, a 0,8 ano vivido com
saúde”, diz a matéria.
A
culpa é de doenças crônicas, causadas por hábitos ruins e péssimas condições de
vida. A reportagem cita Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde: "Se não atacarmos as doenças crônicas, as pessoas vão
viver mais, mas com sequelas de AVC (acidente vascular cebral), amputação por
causa de diabetes, diálise."
Do
ponto de vista da dignidade das pessoas, é muito ruim. Ser idoso já é uma
condição sujeita a discriminações sociais e apertos econômicos. Doenças e limitações
físicas só pioram a situação. E ainda há a pressão sobre o sistema público de
saúde.
Mas
nem todo mundo tem razão para se queixar. É o caso da poderosa e bilionária
indústria farmacêutica. Acabamos dedicando nossas vidas mais longas a consumir
seus produtos caros e de eficiência muito questionável.
“Muito
dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender”, é o que se costuma desejar. Mas as
indústrias de medicamentos têm ficado com o dinheiro e nos vendido caro uma saúde
precária. Apesar disso, Feliz Ano Novo “pra geral”!
Leia
também: A
saúde pública atropelada
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