O
título refere-se à forma como a grande imprensa se refere aos pretensos
terroristas que estariam dominando parte do país. Eles são sempre “islâmicos”,
“muçulmanos”, “maometanos”. Adjetivações usadas como sinônimo de violência,
fanatismo e intolerância.
Mas
a grande mídia também ajuda a esconder os verdadeiros interesses envolvidos nessa
invasão ao país africano.
Segundo
Malin, a ofensiva interessa à França “porque a maior parte do urânio usado para
gerar energia no país vem de reservas situadas no Mali e no Níger”. Também
“interessa aos Estados Unidos e à China porque entre os recursos da região
estão sal, fosfatos, ferro, ouro, cassiterita, cobre, estanho, carvão e
hidrocarbonetos”.
A
Alemanha também apoia a invasão. Suas empresas planejam estabelecer na região
“uma produção maciça de eletricidade solar”. Afinal, o Mali fica num continente
com abundância de luz natural.
Tudo
isso foi possbilitado por uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da
ONU, em 2012. Ela autorizava intervenção militar externa para “garantir a
integridade do território malinês”. Todos os membros votaram a favor. Todos
estão entre os países citados acima.
A
França lidera a invasão. Mas já conta com o “apoio logístico” inglês e
estadunidense. Bélgica, Dinamarca e Alemanha prometem fazer o mesmo.
Não
sabemos se a unidade territorial do Mali realmente está em risco. Mas, com
certeza, a integridade de suas reservas minerais já está sob ataque.
Mais
um capítulo na longa e interminável história dos massacres europeus em terras
africanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário