De 10 a 14 de fevereiro, o Movimento
dos Trabalhadores Sem-Terra realiza seu 6º Congresso Nacional. São 15 mil participantes
vindos de todo o País.
O MST é, sem dúvida, um dos
maiores e mais heroicos movimentos populares da história brasileira. Milhares
de seus membros foram vítimas de assassinatos, torturas, prisões injustas por
lutarem por justiça social no campo e fora dele. Mas tudo indica que atravessa
sua maior crise.
A raiz da crise está na
paralisia que ataca de sua principal luta: a Reforma Agrária. E isso acontece
exatamente sob o governo do partido que mais apoiou a criação e o fortalecimento
dos Sem-Terra.
Não passam de 10 os imóveis desapropriados
pelo governo Dilma. Pior que o último governo militar do general Figueiredo,
quando foram desapropriados 152 imóveis.
Estas palavras são de João
Paulo Rodrigues, dirigente nacional do movimento, em entrevista publicada na
página do próprio MST em 18/12/2103. Enquanto isso, o agronegócio foi adotado
como aliado prioritário pelos petistas no poder.
Os dirigentes do MST costumam
dizer que os movimentos populares têm que “empurrar” o governo para longe do
empresariado rural. Mas números do Ministério do Desenvolvimento Agrário
mostram que os Sem-Terra fazem o movimento inverso. Segundo os dados, a média anual
de ocupações de terra no período FHC foi de 305 e nos de Lula e Dilma, 224.
Um movimento social não é um
partido político. A revolução social ou a conquista de governos não estão no
programa do MST, nem deveriam estar. Mas o movimento precisa se afastar do
projeto político petista, se quiser voltar a conquistar vitórias.
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nos alimentos é culpa do agronegócio
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