Está em discussão no Senado
uma “lei antiterrorismo”. Proposta apoiada por parlamentares como Jorge Viana (AC)
e Paulo Paim (RS). Ambos são do PT, partido que governa o País há 13 anos, além
de muitos municípios e estados. O objetivo alegado é evitar pânico. O real é
impedir manifestações contra a Copa.
Se aprovada, deveria ter como
alvo principal os próprios governantes. Essas autoridades devidamente eleitas se
curvam ou são cúmplices de aparatos que jamais passaram pelo voto popular. Um
deles é a máquina mortal da polícia militar, cujas ações subvertem todas as leis de
respeito à dignidade humana e à liberdade.
Outro poder acima de qualquer
controle democrático é o Banco Central, cujas decisões econômicas afetam
dezenas de milhões de pessoas. No Brasil, a maioria pobre paga as maiores taxas
de juros do planeta. A minoria formada por banqueiros-empresários aproveita
essas mesmas taxas para lucrar bilhões em especulações financeiras.
Mas há também os centros de
poder externos ao País. É o caso da agência classificadora de risco “Standard
& Poor’s”. Segundo matéria de Angela Bittencourt no Valor, em 14/02, uma representante
da agência deve passar por Brasília, São Paulo e Rio, em março próximo. Sua missão
é monitorar o pagamento dos compromissos dos governos brasileiros com a dívida
pública.
Essas agências de avaliação
chantageiam os povos do planeta e zelam pela manutenção da enorme desigualdade
social que se espalha pela humanidade. A imensa maioria dos governantes se
submete a tudo isso sem qualquer resistência. Afinal, passaram pela aprovação
de urnas controladas pelo poder econômico para cumprir exatamente essa função: governar
impondo o terror econômico.
Leia também: Reforma política e
ditadura econômica
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