Todo mundo ficou sabendo da condenação à morte de Dzhokhar Tsarnaev. Ele é um
dos acusados pelo atentado que matou três pessoas, e feriu mais de 250 na
Maratona de Boston, cidade do estado americano de Massachusetts, em 2013.
O que quase ninguém divulgou é que o jornal “Boston Globe” fez uma pesquisa e
descobriu que apenas 15% dos entrevistados aprovavam a pena de morte para o condenado.
E em nível estadual, só 19% aceitaram a pena capital. Além disso, os pais de
Martin Richard, garoto morto no atentado, escreveram uma carta ao Departamento
de Justiça se posicionando contra a pena capital.
No Brasil, Rio de Janeiro, houve grande comoção com o assassinato de um médico
na Lagoa Rodrigo de Freitas, esfaqueado por um rapaz de 16 anos. A justeza da
revolta causado pelo trágico episódio não diminui o oportunismo com que a
maioria da grande imprensa utiliza o caso para defender a redução da maioridade
penal. Certamente por isso, foi dado pouco destaque à declaração da a ex-mulher
da vítima, que condena a proposta.
A última notícia vem de um lugar inesperado. Ariana Miyamoto, a mais recente Miss
Japão, é filha de uma japonesa e um negro americano. Por sua origem mestiça, ela
é o que se costuma chamar no Japão de “hafu”, do inglês half,
"metade". Uma vez eleita, Ariana deixou de lado as tradicionais dicas
de beleza para denunciar o racismo contra pessoas como ela entre os japoneses.
Notícias como essas representam apenas algumas braçadas contra a forte corrente
conservadora atual, mas seu vigor e coragem nos ajudam e incentivam a continuar
nadando.
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imaturidade inconsequente e a intolerância senil
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