Em um de seus famosos discursos, ele explicou a dominação colonial do seguinte modo:
Eu vou lhes dizer porque fazem tudo isto. É porque têm um grande senhor a quem querem e amam. E este é o que lhes vou mostrar (indicando o ouro que estava na cesta): este é o senhor que os espanhóis adoram. É por ele que lutam e matam; por ele que nos perseguem; por causa dele morrem nossos pais e irmãos e por sua causa nos privam de nossos bens e nos buscam e nos maltratam. Como vocês já ouviram antes, eles querem vir para cá e não pretendem outra coisa senão buscar este senhor; para buscá-lo e arrancá-lo vão nos perseguir e cansar como já fizeram em nossa terra.
Hatuey foi capturado em fevereiro de 1512. Condenado a morrer numa fogueira, um padre ofereceu-lhe a conversão à fé cristã para poder ir para o céu. Hatuey perguntou: “Os espanhóis também vão ao céu?" Diante da resposta afirmativa, respondeu: "Então, não quero ir para um lugar onde possa encontrar gente tão horrível e tão cruel”.
Essa é outra das histórias de luta heroica e grande sabedoria dos povos originários que Moema Viezzer e Marcelo Grondin contam no livro "Abya Yala!: Genocídio, resistência e sobrevivência dos povos originários".
Leia também: Enriquillo, líder da primeira guerrilha indígena
Linda demais essa história.
ResponderExcluirSim!
ExcluirA barbárie é uma característica nata da pior espécie que habita o planeta, o pseudo ser humano.
ResponderExcluirTão triste essa história,porém bem reflexiva!
ResponderExcluirSabedoria é a dos povos originários!!!!
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