Adoro meu Facebook. É onde encontro amigos(as) e companheiros(as) para discutir
a situação política e social do País. Trocamos informações, análises e piadas,
por que não? Alguns(mas) de nós defendem o governo, mas sem fanatismos. Outros(as)
são mais críticos(as). Mas somos todos(as) de esquerda.
Adoro meu Facebook. Nele encontro amigos e conhecidos que comungam da mesma
indignação. Fazemos as denúncias que ficam escondidas da maioria inocente pela
mídia infestada de esquerdopatas. Estamos furando esse cerco, mostrando o
complô vermelho que vai tomando conta de nosso Brasil.
Adoro meu Facebook. Lá encontro muita gente do bem. Pessoas que se importam com
seus semelhantes. E ainda podemos trocar dicas de culinária, lugares bonitos
para visitar, atrações culturais. Nossa mais recente mania são os divertidos
livros para colorir.
Adoro meu Facebook. Lá encontro muitos que curtem os mesmos programas,
passeios, esportes, ídolos, filmes. Outro dia, nos unimos, por exemplo, para um
mutirão de vigilância na região da cidade em que moramos. Já colocamos muito
vagabundo e bandido pra correr. Ou pra dormir, sabe como é.
Adoro meu Facebook. Lá encontro meus irmãos de torcida. Todos juntos dando
força pra nosso eterno campeão. Combinamos assistir os jogos em algum bar ou na
casa de um de nós, com muita cerva e churrasco. Às vezes, também marcamos pra
dar umas porradas nos babacas que torcem pra outros times.
Adoro meu Facebook. Ele me garante bilhões de dólares e ainda convence centenas
de milhões de que “um esquilo morrendo no seu jardim deve ser mais relevante do
que pessoas morrendo na África”. Sou Mark Zuckerberg. Entre na minha
página e curta!
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os monopólios
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