Por isso, Deus resolveu enviar um profeta chamado Jonas à sua capital, Nínive, para dizer aos assírios que iria matá-los em quarenta dias. Mas Jonas achava que eles não iam ficar muito felizes com a mensagem e acabariam matando o mensageiro.
Então, Jonas tentou enganar Deus. Fingindo que embarcava para Nínive, pegou um navio para outra cidade. Deus, que nunca foi bobo, enviou uma tempestade contra o barco do profeta.
Os marinheiros acabaram deduzindo que o responsável pela tormenta era Jonas e o jogaram no mar. Foi assim que ele foi parar na barriga de uma baleia.
Vomitado pelo cetáceo no litoral assírio, Jonas finalmente chegou a Nínive. Mas para sua surpresa, quando entregou a mensagem divina, toda a cidade se ajoelhou e implorou por perdão.
Jonas, então, marchou triunfantemente para fora da cidade, sentou-se sob uma árvore e esperou que começasse a matança. Esperou, esperou, esperou e nada.
Jonas ficou ali sentado, desapontado, lamentando-se: “Deus, você me disse que iria destruir Nínive. Você me trouxe aqui especificamente para dizer isso a eles. Eu percorri centenas de quilômetros DENTRO DE UM PEIXE, caramba! Fala sério!”
Deus deu de ombros: “Eu mudei de ideia. Todos estavam tão tristes e se desculpando, que senti pena deles.”
Esta é mais uma versão para um episódio bíblico do livro “God Is Disappointed In You” (“Deus está decepcionado com você”), de Mark Russell.
Mas, nesse caso, o relato original também tem graça.
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Ah adorei a fábula. Li recentemente uma crônica do Saramago em que ele fala que esta poderia ser uma fábula, e explica, do jeito dele (sabe como é que é), o que é uma fábula, e porque a dele poderia ser mas não acha que é (Saramago é do cacete para dizer não em cima do sim). Entendo ser esta uma fábula, aliás, como muitas (ou todas?) da bíblia. Para quem interessar, o livro de crônicas do Saramago é "A bagagem do viajante", e a crônica citada é "O rato contrabandista".
ResponderExcluirAdorei o comentário e a indicação do livro do Saramago. Valeu!
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